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15 de agosto de 2016 - 00:00

Marcada audiência no TRT para analisar dissídio coletivo dos portuários de São Sebastião

Está marcada para esta segunda-feira, 15 de agosto, às 13h30, a audiência no Tribunal Regional do Trabalho para analisar o dissídio coletivo de greve dos empregados da Companhia Docas de São Sebastião.

Está marcada para esta segunda-feira, 15 de agosto, às 13h30, a audiência no Tribunal Regional do Trabalho para analisar o dissídio coletivo de greve dos empregados da Companhia Docas de São Sebastião. O dissídio foi instaurado após a categoria cruzar os braços das 7 às 19 horas de terça-feira, 09 de agosto. O vice-presidente do SINDAPORT (Sindicato dos Empregados na Administração Portuária), João de Andrade Marques, explica que desde março o SINDICATO tentava negociar com a Companhia Docas, porém, a empresa ofereceu 0% de aumento salarial. “Foi vergonhoso o que a empresa propôs”, ressaltou, lembrando que com essa pífia proposta em mãos, a categoria decidiu em assembleia promover a paralisação dos trabalhos.
 
Após a divulgação do edital de greve, a Companhia Docas de São Sebastião apresentou uma proposta com novo índice salarial. A Companhia ofereceu 8,5%, sendo que 3% seriam pagos já neste mês de agosto, mas o retroativo a maio, data base da categoria, seria em três parcelas e o 5,5% restante em janeiro. A categoria recusou essa proposta.
 
Um dia antes da paralisação, a empresa fez uma outra oferta. Dessa fez propôs 9,83%, sendo 4,83% a ser pago agora em agosto, o retroativo a maio em três parcelas e 5% em janeiro de 2017. Novamente a categoria recusou e manteve a greve.
No dia da paralisação, ao ver que os trabalhadores não estavam de brincadeira, a Companhia Docas veio com outra proposta. Ofereceu 10,04%, sendo 5,02% neste mês, e o retroativo em três parcelas, e 5,02% somente em janeiro do ano que vem. O que também foi recusado.
 
“O Governo do Estado ofereceu índice superior a 10% para outras empresas estatais, mas para os trabalhadores da Companhia Docas decidiu dar 0% de aumento. Só depois do anúncio da greve e da efetiva paralisação é que propostas começaram a surgir. Infelizmente, tentamos a negociação, mas tivemos que buscar a Justiça para fazer valer nossos direitos”, analisou o vice-presidente do SINDAPORT.
Além de João de Andrade, o secretário geral Edilson de Paula Machado também participou da manifestação da categoria.