Home

23 de fevereiro de 2017 - 00:00

4 atitudes que só levam você ao fracasso, segundo especialistas

Algumas atitudes no trabalho se tornaram obsoletas e podem significar a derrocada profissional, garantem duas especialistas

São Paulo – Se você já colocou, ou espera um dia colocar, sua carreira em “piloto automático”, ou seja, anseia por navegar pelo mercado sem que seja necessário fazer o esforço dos anos iniciais na profissão, cuidado. Isso pode levá-lo à derrocada, garantem especialistas.
 
“Não existe espaço para acomodados. Piloto automático para carreiras só serviria se fosse de 3ª geração e com inteligência cognitiva”, brinca, Irene Azevedoh, diretora de transição de carreira da LHH.
 
A dificuldade em perceber a volatilidade do mundo é mais evidente em profissionais de segmentos que enfrentam menos turbulências, segundo Irene.  Por outro lado, quem já passou por reestruturações, fusões e aquisições muito provavelmente tem maior grau de consciência.
 
“Não existe mais um mundo seguro, nem garantia, nem zona de conforto”, diz Jaqueline Weigel,  coach estudiosa de futurismo  e focada em ajudar as pessoas a fazer a transição para a nova era.  É que diante desse cenário, atitudes se tornam obsoletas e podem significar a fracasso profissional, segundo os especialistas.
 
O que acontece, muitas vezes, é que comportamentos  já sem validade hoje seguem sendo praticados por profissionais ainda que eles adotem discurso completamente diferente e ajustado aos novos tempos. “A maioria é farsa”, diz Jaqueline.
 
Confira que tipo de mentalidade não dá mais resultado na carreira de ninguém:
 
1. “Eu sei como se faz”
 
Imagine um engenheiro que há 30 anos trabalhe da exata mesma forma. A quem questiona o seu modo de fazer ele dá a clássica resposta: “sei como se faz, sempre foi assim que eu fiz”.
 
Profissionais com essa mentalidade perdem espaço para aqueles que têm o foco direcionado para a experimentação e visão sistêmica. Ganham destaque pessoas que topam experimentar novas maneiras de fazer as coisas e que consigam perceber como mudanças na rota afetam o todo da operação.
 
2. “Eu insisto”
 
Sem consciência da velocidade de mudança, insistir em caminhos antigos ainda que eles não funcionem mais é outra atitude obsoleta para limar da carreira. “Temos que parar de perder tempo tentando arrumar o que não vale. É como querer consertar um videocassete nos dias de hoje”, diz Jaqueline.
 
Se não traz mais resultado, o melhor é tomar outro rumo.“Pessoas muito rígidas e não dispostas a se adaptar a essa realidade de mundo volátil estão comentendo um dos erros que considero cruciais na carreira”, diz Irene Azevedoh.
 
A mudança é constante e rápida e já há quem saiba disso. “São aqueles profissionais que pensam: não deu certo? Vamos fazer de outro jeito”, diz Jaqueline.
 
3. “Uso meu poder para impor o que eu quero”
 
É o medo de não possuir as competências necessárias para percorrer novas trilhas que leva profissionais a adorar o que já conhecem. “Pessoas com essa mentalidade, geralmente, usam sua autoridade para impor velhos caminhos”, diz Jaqueline.
 
Executivos identificados com poder, comando, controle, ego e vaidade tendem a decretar sua vontade sem pensar no que é melhor para o negócio e, por isso, vão fracassar.
 
Está mais ajustado à atualidade quem é nutrido pelo novo e não liga para autoridade. “ Pelo contrário, compartilha o poder, estimula, empodera e acompanha, ao invés de controlar”, diz Jaqueline.
 
4. “Não olho à minha volta”
 
É o tal do piloto automático. “Enquanto não há razões graves, tem muita gente que não vai mudar”, diz Jaqueline.
 
O contrário desse comportamento é ser aberto, consciente e questionador. “Geralmente são pessoas imbuídas de grande valor moral e ético e que não se convencem com a máxima é assim que funciona”, diz Jaqueline.
 
Irene, da LHH, chama atenção para a importância da capacidade de aprendizado nesse mundo de rupturas tecnológicas. “Um recrutador vai querer saber, por exemplo, quantas vezes na carreira, o profissional quis aprender algo novo”, diz.
 
Ela afirma que adaptabilidade e capacidade de aprendizado fazem parte de um “pacote de competências” que todo profissional deve ter.