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17 de março de 2017 - 00:00

Codeba comemora 40 anos com planos de investimentos

Além das modernizações e ampliações das instalações, a Companhia não pretende perder de vista pontos fundamentais nas áreas da regulação, da capacitação, gestão e do meio ambiente.

A Companhia das Docas do Estado da Bahia - Codeba completa 40 anos nesta sexta-feira (17), com novas perspectivas de receber significativos investimentos de quase R$1 bilhão para os portos públicos de Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus, sob sua responsabilidade. Com recursos próprios, do governo federal e de empresas privadas, vários projetos serão implementados visando proporcionar o aumento de eficiência, expansão, modernização e otimização da infraestrutura e instalações portuárias, e consequentemente, a fomentação de novos negócios e o desenvolvimento da economia baiana.
 
“Como as estimativas são de que a economia baiana tenha, já em 2017, um incremento em seu desempenho, nossa prioridade é deixar os nossos portos públicos aptos a receber a esperada demanda de cargas para a exportação e importação”, comemora o presidente da Codeba, Pedro Dantas. “Em alinhamento com as diretrizes da Secretaria Nacional de Portos do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (SNP/MTPAC), há um planejamento de obras, ações e projetos que vão afetar direta e positivamente o desempenho e a competitividade dos portos”, completa.
 
O Planejamento Estratégico 2017-2021 da Codeba, já aprovado pelo Conselho de Administração - Consad, órgão de deliberação colegiada e de consulta, responsável pela administração superior da Companhia, vai garantir a definição dos principais projetos que devem ser executados ao longo dos próximos cinco anos. O presidente do Consad, Marcos Mesquita Mendes, observa que a formatação do planejamento é fundamental para o desenvolvimento da Codeba. E destacou: “Com ele, temos o referencial claro do que queremos e para onde vamos”.
 
Pedro Dantas salientou que os portos públicos baianos já oferecem uma excelente logística portuária, acrescentando: “O que estamos fazendo é transformá-los em equipamentos modernos, eficientes e eficazes, tendo como base uma gestão pautada na governança corporativa”. Ele detalhou que há entre os planos, investir nos canais de acessos, bacias de evolução e cais de atracação, para permitir maior fluxo de navios, principalmente os de grande porte; alavancar o desempenho das exportações; reduzir os custos logísticos/operacionais; aumentar a produtividade e competitividade; investir na infraestrutura, modernização tecnológica, otimização dos seus recursos e integração com outros modais, como o ferroviário e rodoviário.
 
Devido à localização estratégica, a logística e instalações existentes nos portos de Salvador, Aratu-Candeiais e Ilhéus, diversos projetos foram apresentados por empresas estimados em mais de R$ 1 bilhão. Alguns já foram aprovados e outros estão sendo avaliados pela Codeba ou encaminhados à Antaq e SNP/MTPAC. Dentre as empresas, destacam-se: o Moinho J. Macêdo, o Grupo Vopak Brasil, a Mirabela Mineração, a Braskem, a Tequimar, o Tecon Salvador, o Consórcio Novo Terminal Marítimo de Salvador (Contermas) e a Magnesita.
 
Equilíbrio financeiro
 
Ao completar quatro décadas, a situação financeira da Codeba é de equilíbrio, com as despesas controladas e dentro de padrões aceitáveis pela legislação. As receitas previstas permitirão arcar com o custeio e gerar resultados positivos nos próximos anos nos portos de Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus.
 
“A aplicação já aprovada para 2017, de mais de R$ 100 milhões, vão gerar grande impacto e proporcionar melhorias significativas na infraestrutura e logística, permitindo a atracação de navios com expressivo volume de carga”, ressalta o diretor administrativo e financeiro da Codeba, Erianísio Borges. “Mas, como a área portuária demanda constantes obras de manutenção e melhoramento da infraestrutura, há necessidade de aporte do Governo Federal”, acrescenta. Há também um planejamento voltado para o aumento quantitativo e maior capacitação do quadro de pessoal. Borges acredita que ter pessoal qualificado e devidamente preparado é um diferencial básico para concorrer no competitivo mercado portuário.
 
Movimentação de cargas
 
A demanda nos portos públicos baianos demonstra perspectivas positivas de crescimento. No Porto de Salvador, a evolução se acentua em determinadas espécies de cargas consideradas cativas do porto, a exemplo do trigo em grãos e da carga em contêineres, esta última em progresso bem expressivo no sistema de cabotagem. A movimentação de alguns produtos também cresce de forma gradual, como é o caso da celulose, petroquímicos, dos setores de metalurgia e dos alimentos, o que assegura ao porto um potencial de utilização para os próximos anos.
 
O Porto de Aratu-Candeias, após absorver alguns produtos, como nafta e fertilizante, que puxaram sua movimentação para cima, passará por uma situação ainda mais confortável, o que irá refletir na sua movimentação futura. A entrada do óleo diesel, no sentido de importação, desponta como vetor de crescimento expressivo para os próximos anos. O porto deverá contar ainda com uma possível retomada nas exportações de minério de ferro, no que depende exclusivamente da recuperação dos preços no mercado externo.
 
No Porto de Ilhéus será significativa a retomada das exportações de minério de ferro, operações de trigo em grãos e de madeira, além da utilização das suas instalações para atender a demanda dos equipamentos a serem instalados no futuro Porto Sul. O aumento da dragagem para 12 metros de profundidade na área de atracação, irá assegurar o dinamismo do porto, atraindo operações com volumes maiores de cargas, tornando-o mais competitivo", destaca a gerente da unidade Bárbara Láudano.
 
Fonte: Ascom - Codeba